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Barbie - o Filme


 Estrelas: 8



Li tantas reviews a criticar negativamente o filme Barbie - nomeadamente por ter abordado o patriarcado e ser condescendente - e por isso temi ir ver um filme cheio de clichés e com uma narrativa bem ao estilo de clássico, fastioso e previsível de Hollywood. Em vez disso, vi uma história consistente, interessante - que nunca se enrolou num nó. Até o final foi surpreendente. 

Barbie toca no ainda sensível tema do mundo ser governado por homens. E fá-lo de forma sublime, começando por um mundo que é todo das mulheres: O dos bonecos Barbie. Um mundo onde o Ken - o boneco homem, não é dominante.


Daí parte para a realidade e mostra o mundo real. Não sei como é que isso pode suscitar criticismo, pois está bem feito e não mente. Talvez incomode por ser tão autêntico. É que ninguém gosta de ver que, passadas décadas, após tanta mulher ter integrado posições só então permitidas aos homens - afinal, muito no mundo ainda se mantém semelhante.

O filme não segue clichés típicos dos argumentos de hollywood - não nos dá uma adolescente problemática que vai "abrir os olhos" através da boneca - como seria de esperar. Essa magia vem da sua mãe, adulta, responsável, lutadora, que um dia brincou com a Barbie. Através dela, dos seus sonhos, ambições, conquistas e realidade é que se gera toda a história do idealismo e marketing da Barbie. A intenção por detrás da criação da Barbie, representada no filme logo pela abertura, e da projecção das ideias que trouxe para o mundo: o da mulher mais que dona-de-casa e mãe. A mulher advogada, juíza, médica, livre, capaz, inteligente, etc. O filme vai mais longe também e revela as Bárbies "descontinuadas" como a Barbie grávida e a Barbie TV, abordando desta forma indirecta um reflexo do politicamente correcto que se tornou mais dominante na sociedade atual. 


Gostei de "Barbie". Tem um excelente guião, está bem realizado e a história está bem conseguida. Não era, de todo, um tema de filme que me chamava a ver. Fi-lo com poucas expectativas, mesmo tendo sido tão mencionado aquando o aparecimento nas salas de cinema. E saiu-se melhor do que o esperado. 

Bem melhor que outros filmes, de outros géneros, que não passam da mesma coisa reciclada. Não é um filme infantil para os quais os adultos podem olhar, é um filme para os adultos refletirem um pouco, com uma história adulta sobre existencialismo, realidade e com uma mensagem simples: temos de ser nós próprios. 

 

Aracnofobia - os primeiros cinco minutos de filme


 Apenas nos primeiros segundos da abertura do filme "Aracnofobia", toda a imagem, enquadramento, cadência e até mesmo a melodia - soou-me a "Parque Jurássico". Todos sabem que este último filme foi dirigido por Steven Spielberg mas... e Aracnofóbia? 

Para situar: Aracnofobia data de 1990 e Parque Jurássico de 1993.

Vi mais uns segundos do início do filme. Até ao ponto em que o fotógrafo encontra-se com o cientista na selva e todos sobem a montanha de helicóptero, numa sequência que revela a amplitude e beleza do local, ao mesmo tempo que é belo pode também parecer ameaçador, devido à pequenez do helicóptero que parece de brinquedo entre a paisagem. Em 5 minutos temos os créditos e a sinopse da história. Parei aí. As semelhanças são muitas. E a melodia... quer ficar no ouvido e ser escutada novamente. Combina tão bem com as imagens que me espanta que o filme não esteja ao mesmo nível de apreço que tem um "Parque Jurássico", um "ET", um "Tubarão", um "Salteadores da Arca Perdida".



Tive de ir espreitar. Estava a encontrar semelhanças, sabendo que não era o mesmo compositor ou mesmo director. Mas existem semelhanças. Será que é porque existe um padrão de captura de imagens e edição para cada género de filme?
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Sim, essas coisas existem mas seria muita coincidência. Então fui ao site IMDB ler a ficha técnica completa de cada filme. A primeira coisa que meus olhos encontraram foi o departamento de edição. Mesmo a propósito: aqui é que se faz um filme. Se estava a ser familiar a cadência/sequência de planos e o casamento destes com a música, tinha de espreitar os nomes na equipa de edição. Coincidência: reconheci dois: Alan Cody e Patrick Cane. Assistentes de editor em AMBOS os filmes. Isto explicaria parte da familiaridade. Porém, foi quando fui aos diretores que tudo ficou mais esclarecido (e confuso). 

Aracnofobia foi dirigido por Frank Marshal em 1990. Frank foi o produtor de filmes como "Os salteadores da Arca Perdida" (1981), Poltergeist o fenómeno (1982), Indiana Jones e o Templo Perdido (1984), Gremmlins (1984), Os Goonies (1985), Regresso ao Futuro (1985).

Um currículo e tanto. Destes filmes, muitos são dirigidos por Steven Spielberg. A sua colaboração foi muito profunda, tendo feito parte da companhia de produção de Spielberg - Amblin, em 1980, onde permaneceu até 1991, altura em que só saiu para fundar a sua própria companhia, junto com a esposa. No ano seguinte ele foi para a Paramont e a esposa tomou o comando da Lucas Film. 

Foi um ano antes de sair da Amblin, em 1990, que Marshall se aventurou na direcção e dirigiu ARACNOFOBIA. 
Tinha portanto, uma relação próxima com Spielberg, era seu colega na produtora de cinema e tinha produzido vários sucessos de Spielberg: Portergeist, Gremmlins; Os salteadores da Arca Perdida, Indiana Jones...  Nada mais natural que, numa carreira tão cheia e tão influenciada por diversos artistas mas em particular por Spielberg, que Marchal tenha desenvolvido uma estética visual semelhante a muitos filmes que ajudou a nascer. 

A música porém... a melodia que abre o filme, é de autoria de Trevor Jones. Compositor com muitos créditos em cinema porém, um nome que mal se escuta entre os menos conhecedores. O que me surpreendeu foi saber que Frank Marshal é filho de um compositor e Maestro. Logo, deve ter desenvolvido uma sensibilidade maior para este género e a sua utilidade no cinema. Quanto a Trevor, vale a pena espreitar os filmes para os quais compôs melodias e, se possível, ir escutar algumas. 

E agora vou continuar onde parei e rever "Aracnofobia". Lembro-me que foi um filme que gostei muito. Quando passou novamente na televisão, gravei numa cassete VHS. (Quem se lembra desta tecnologia?). Como era meu hábito na altura, gostava de... editar. E guardar cenas de várias séries que gostava. Mas numa casa onde isso não era possível fazer, tinha de o fazer "escondido", gravando-as no finalzinho das cassetes. Para não desgravar muito, gostava de... Editar os filmes. Cortando cenas mais redundantes. É que, filmes, meus pais me deixavam manter. Mas nada mais que isso. Até a altura deles quererem por algo a gravar até a cassete acabar, por preguiça de programas. As cassetes eram película - algo que até hoje lamento que não continue, pois trazia muitas vantagens. A duração de gravação, sendo uma delas. Hoje mal consigo gravar 30 minutos com o telemóvel. Perco logo bateria, para começar, mas não tenho espaço suficiente, mesmo comprado cartões de 128 Gigas ou assim. As cassetes, sendo película, duravam várias horas. As VHS podiam ter até quatro horas - ou mesmo seis ou dez, como cheguei a ter. O que é muito vantajoso. Duravam muito mais se o formato de gravação escolhido não fosse o SP mas o LP - Long Play. Menos qualidade de imagem, mas mais fita.  

ARACNOFOBIA - o filme. Sobre a história irei falar depois, para não tornar este post mais longo. Viram o filme? 



PS: Mais uns minutos apareceu esta cena, do guia que os conduz até o local apontar numa direcção e dizer que ele não avança mais. Algo nesta cena soou... estranho. Talvez porque vi um índio que me fez lembrar a mini-série brasileira da extinta Manchete "O Guarani".  Mas a questão é que o dialecto falado é... espanhol. ESPANHOL... e índios.... Ah, uma pequena pesquisa me conduziu à Venezuela, e ao Monte Ruraima - um dos Tupuis mencionados apenas por palavra na intro do filme. Mas isso me conduziu à geografia. Sem dúvida que a equipa de produção fez bem a sua pesquisa e a cena de abertura é deslumbrante, mostra paisagens únicas deste grupo de Tupuis (Formações rochosas pré-divisão dos continentes planas no cimo devido à erosão de milhares de anos de vento), uma extensão de 31 Km que abrange três regiões: Brasil, Venezuela e Guiana, na região amazónia.

Um local que agora fiquei com vontade de conhecer. Mas devido às condições, isso dificilmente vai acontecer. É aqui que dá vontade de fazer parte da equipa de produção de um filme como este. Viaja-se muito e conhecem-se lugares únicos. É uma profissão que enriquece muito, a nível pessoal. 

Alien: A saga mais consistente


 Li que o filme Alien Ressurection, o quarto da saga Alien - o oitavo passageiro, é considerado o pior. Não entendo porquê. Para mim é um filme que agarra do princípio ao fim, é inteligente, consegue mostrar novas formas surpreendentes de se matar a criatura e de se morrer com uma. Achei fantástico terem clonado Ripley e mais ainda quando mostraram todas as outras versões mal sucedidas dessa clonagem. 

Gostei que, agora com ADN alienígena, Ripley agisse um pouco como um animal - mais agressiva e a nadar como um golfinho, com os braços para trás. Detalhes que só enriquecem a personagem, agora com o "monstro" não só fazendo parte de si, como a considerando sua mãe!



Tive pena da rainha alienígena quando esta dá à luz o seu bebé de forma dolorida, tal como um humano e o bebé rejeita-a, matando-a. Mais pena tive quando Ripley causa uma morte angustiante à criatura, agora meio humanóide, fazendo jus ao seu carácter anterior. Tive pena porque o que se vê é um filho ansiando pelo amor e carinho da mãe, e esta mata-o e a criança não entende porquê e grita de dor, olhando nos olhos da mãe ainda a clamar por seu amor. 

A forma como decidem matar o "vilão" da história - o homem do laboratório que traiu todos os sobreviventes conduzindo-os ao ninho de ovos, fazendo com que o sobrevivente que carregava um parasita dentro de si, no momento do alienígena sair do seu peito, atirar-se ao vilão e segurando-lhe a cabeça, faz com que o parasita lhe atravesse o crânio. Uma boa vingança, para alguém que se viu vítima indefesa. Um personagem curto, que surge quase no final do filme, mas que tem uma presença forte. Sentimos dó dele e não queremos ver o que lhe vai acontecer...



O filme vai mais além e dá-nos uma cena de acção, com tiros e lutas debaixo de água! Como conseguiram filmar daquela forma é que me deixa curiosa. Como terá sido a experiência para cada um deles? Além de terem de colocar equipamento bem dispendioso debaixo de água para poder capturar as imagens. Na história, tudo isto se passa com apenas um fôlego. Pois, como se sabe, os humanos só conseguem prender a respiração. Não conseguem respirar dentro de água. Embora o filme se passe a muitos anos no futuro, futuro esse que leva a humanidade a viver no espaço e a pilotar super naves, onde é possível fazer clonagem e a existência de robots humanóides, não deu ainda ao homem essa vantagem extraordinária de conseguir respirar debaixo de água. Contudo, nos filmes, os humanos prendem a respiração e conseguem nadar longas distâncias, espantarem-se com algo libertando bolhinhas de ar, lutar com um inimigo, soltarem-se de algo que os prende, e nadar para segurança. Tanto esforço com um só fôlego!
 
Gosto deste filme tanto quando gosto dos outros e discordo que é fraco. Para mim, o plot mais fraco dos quatro - embora também bom, é o segundo. Onde é introduzida uma criança. Porque carga de água decidiram apelar para "o sobrevivente criança" não me caiu muito bem. Nem tão pouco a imediata ligação emocional de Ripley com a miúda. Embora a história seja boa e aquele robot-carga que acaba por conseguir eliminar a criatura, tenha sido uma agradável adição, considero o Aliens" o filme mais fraco, até mesmo nas interpretações. Além de uma criança, meteram fuzileiros. Epa! Que cliché! E uma JA-Jane, que não convence ninguém. Em termos de guião é o mais fraco e aquele que engloba situações mais que vistas e usadas em filmes do género.  



Aliens- a ressureição, deixa espaço para outra sequela. É possível, novamente, ter Signorey Weiver a retornar ao papel. Desta vez como uma idosa de cabelos brancos, reclusa, de paradeiro desconhecido. Apenas um "mito" entre as gerações que se seguiram. Ninguém sabe se viva se morta. Por valores humanos, Ripley estaria morta. Mas com sangue alielígena dentro de si... será que teve a sua longevidade prolongada?

Como ela vive? Onde? Vão voltar a precisar dos conhecimentos dela e terão de a encontrar. 

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No que me diz respeito, ainda continua bastante impressionante e medonha a cena do primeiro filme, quando a criatura rompe do peito do hospedeiro. Nossa! Vi recentemente o filme, que já tem 40 anos! E se as imagens da "criatura" - os dentes metálicos e o tamanho humanóide, por vezes parecem patéticos, a cena da revelação do alienígena é fenomenal e não perdeu NADA para a passagem do tempo.

Esta é capaz de ser a MELHOR saga alguma vez criada pela indústria cinematográfica de hollywood. Um filme tão bom quando o anterior. Algo raro e difícil de conseguir. Que o diga a saga do "Jaws" ou até mesmo "Indiana Jones". 



 



E depois Matei-o


Excelente guião. Um filme que tem de ser visto.

Mexe muito com as emoções. Tem uma autenticidade cortante. Explica muito bem - (bem demais - dá que pensar) como facilmente se cai sem se dar conta em relações amorosas tóxicas, de abuso psicológio e físico, que muitas vezes acabam em tragédia. 

O tema é a violência doméstica. A história gira em torno de um casal muito apaixonado: Catarina e Henrique. Conhecem-se e é paixão à primeira vista. Logo avançam para um compromisso sério: o casamento. Depois começam aquelas situações que se desculpam e se querem pontuais: uns comentários pouco simpáticos, uns gritos aqui, outros acolá, cenas de ciúmes descabidas vindas do nada, uma chapada na cara seguida de um enorme arrependimento, remorso e juras eternas de amor e dedicação. Até o próximo acto de violência. Que é sempre a escalar. 

A história é relatada no presente, quando só um sobrevive. 
E a quem é contada fará toda a diferença.




Gostei bastante deste mini-filme, curta metragem, o que lhe quiserem chamar. Tem uma hora de duração mas um conteúdo precioso como um diamante. 

Passou na RTP Memória no último dia do ano que todos querem esquecer.
Não perca tempo, vá ver. Procure por outros meios mas veja. 


What we do in the shadows - série


10 estrelas (10)

Foi com surpresa e de seguida com muito agrado que um dos filmes que mais me surpreendeu na vida foi adaptado para série. Melhor ainda: com o mesmo encanto.


Falo de "O que fazemos nas sombras" - tradução literal do título do post. 

A série foi lançada em Março deste ano de 2019 e encontrei-a por acaso num site onde procurava um filme. 

Vi o episódio piloto e gostei imenso. Mantêm o espírito do filme em tudo. A dicção, a voz, a personalidade do vampiro protagonista é demais! Sim, é uma história com vampiros, mas em tudo diferente. É inteligente, sagaz, irónica, cómica e muito, mas muito familiar.



De destacar também o papel do "lacaio" humano, que idolatra e serve o seu mestre na esperança que este o transforme em vampiro. A interpretação está sublime. Às tantas a personagem mostra uma imagem do António Bandeiras no filme "Entrevista com o Vampiro" e fala que foi a sua inspiração e força, porque até então não havia existido um vampiro hispánico. Ahah. Adorei!

Mas neste episódio piloto a série aumenta realmente de qualidade assim que surge Colin. Ele também é um vampiro. Mas humano. A sua força é tão forte que ele é temido por os vampiros não humanos. A cena em que ele está a drenar as suas vítimas são fantásticas! "Perderam o valor nutricional" - Ahaha!

E temos uma vampira... apaixonada, cheia de "vida", que vê na rua um sósia de um antigo amor e decide virar sua stalker... nem em momentos de privacidade íntima o rapaz pode estar em paz. Ahahah. Muito bom. 


Jumanji - Bem vindo à Selva (2017)



Estrelas: 9/10

Gostei deste filme.
É o exemplo perfeito de como os preconceitos podem afetar o nosso julgamento.

Antes de o ver, parti do pressuposto de que não ia gostar, por ser um remake.
O filme de 1995, protagonizado por Robin Williams, é perfeito. Para quê outro? 

Enganei-me.

E ainda bem!

Mas culpo a indústria e o próprio marketing ao filme por uma parcela dessa responsabilidade.


Para começar, o filme não remete mais para uma época em que se jogavam jogos de tabuleiro. Passa-se nesta época moderna, de telemóveis, instagram e o diabo a quatro. Todas as piadas estão bem feitas, fieis à natureza humana, à condição de adolescente e à época atual. Ao invés do «mundo de lá» ser puxado para o mundo real, dá-se o inverso. São os jogadores que vão parar a um universo paralelo e, tal e qual um jogo de video, possuem um número limitado de vidas e têm de seguir as instruções. 

Essa parte está tão consistente que não posso deixar de admirar o filme. Também, ao contrário de um jogo de tabuleiro, as personagens principais não são mais adolescentes, elas assumem o "avatar", a personagem fictícia que escolheram no jogo. O que só reforça a consistência do guião e trás mais interesse ao filme. Este deixa de ser protagonizado somente por adolescentes e deixa de ter o foco centrado no único adulto na trama - como foi o caso do Robin Williams no seu Jumanji.


E por não saberem fazer o marketing do filme realçando que é um remake actualizado, responsabilizo a indústria por ser parcialmente responsável pelas críticas negativas dadas ao filme - muitas datadas, tal como me aconteceu, antes do filme sair para os cinemas ou ter sido visto . 


O mundo cinematográfico está a fazer remakes atrás de remakes, tudo para tentar obter lucro fácil com uma fórmula conhecida. O exagero desta opção e os resultados catastróficos da maioria, fez com que nem desse uma hipótese a este Jumanji, interpretado por Dwaine Johnson (The Rock). 

Fiz mal.Mas aprendi a lição. 

Falando em remakes  - stay away, fiquem longe de "Crime no Expresso Oriente". Aqui não vão ser brindados com nada de novo ou refrescante. Pelo contrário: vão ser acolhidos por um sub-produto repleto de caras conhecidas que parecem ali estar para disfarçar a má qualidade. 



English version:

I liked this movie.
It's the perfect example how one's own prejudice can harm our judgment. 

Before I saw this new Jumanji movie I assumed I would not like it, because is a remake. Why? When the 1995 one starred by Robin Williams is so perfect?

What is there to see that hasn't been done so well before?

Well, I was wrong.
But I blame the movie industry and the marketing of the movie itself.

To start with, this 2017 movie doesn't go back to board game times. It's actual, from this time and age, with smartphones, instagram, etc. All jokes are well done, faithful to human nature, to teenager condition, to the actual era. Another big diference lays in the fact that instead of the Jumanji world being brought to the actual one, in this version the players are the ones that get "sucked" into the Jumanji Jungle, were they have to play the game has avatars from their chosen video game characters. Witch I found refreshing and enjoying. All that video games in the middle 90's used to be is there: follow instructions, levels, limited lives, the brave, the strong, the smart, the good looking character... all there.

In the end the movie message is still the same: together we can overcome.

For not being able to marketing the movie for what it is and for allowing the audiences to think it was a copy-paste of the 1995 one, the cinema industry really buried this one. 

But the movie is good. Different and respectful. 
You should watch it
It really isn't a remake, is more of the same story told in a new angle.

Speaking on remakes: stay AWAY from "Murderer on the Orient Express".
This one really is a remake - with all the copy paste you can think off. Has a result, it sucks big time. Is also a under quality product. Watch this same story in the TV episode Poirot and you will feel delight. Much more cinema-like and intense than this peace of... recycled garbage. It comes across like a low quality product that they had to sell it with known actor's so it would have a chance to be appealing. It is not.

I learn my lesson about remakes:
See it first!

Geostorm - Ameaça Global (2017) - o filme que não tem coragem de destruir a torre no Dubai


Estrelas: 6/10

Geostorm é o filme que não tem coragem de destruir a torre dos Emirados Árabes.
Filme-catástrofe, muitas cidades são alvo de destruição mas, miraculosamente, a sequência catastrófica consegue sempre poupar um herói. O cronómetro é parado mesmo no último segundo, os vilões morrem e o herói que se sacrifica afinal safa-se. 


Tudo acaba bem...

Se não formos a pensar nos triliões de prejuízos e vidas perdidas.


O filme é um bom entretenimento, que não acrescenta nada ao género mas também não tira. O conceito de geotempestade novamente explorado, numa perspectiva plausível. Só não é plausível é o tempo imediato que em que as comunicações realizam-se entre a Terra e o Espaço. Ou já agora entre qualquer dispositivo electrónico que surge no filme. Nem a minha internet consegue ser tão rápida. Mas no filme é até possível manter um chat ao vivo entre esses dois pontos distantes. Um upload demora apenas 60 segundos. Um complexo virus informático é eliminado com um simples puxar de alavanca e cada satélite que apontava raios a várias localizações na Terra desliga-se de imediato. É mais instantâneo que o instantâneo.

Efeitos especiais decentes, realização perfeita.


O que menos gostei: do ator principal. A personagem é forçada na interpretação e mal construída.
A segunda coisa que menos gostei: a miúda que faz de filha da personagem principal fala e age como uma adulta com uma compreensão técnica e de vida muito além da sua idade.
O que surpreendeu: o ator que interpretou o irmão mais novo do herói tem ares de Keanu Reeves.
O que gostei: Da presença de actores veteranos.

 
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