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Boo (som que se faz ao vaiar) é a palavra certa para definir este filme.
Ou então Grande Porcaria!!
Não entendo como pode um site ter dado três estrelas e meia num total de cinco a esta bosta de filme. Nem sequer tem boas actuações. Tudo é medíocre a roçar o arrepiante de... mau que é.
Muito, mas muito mau mesmo. Explico a presença de tantas estrelas no simples facto de ser um filme que mostra uma família negra, numa comunidade essencialmente negra, com alguns brancos à mistura. Só pode ser... O voto de simpatia.
O filme é horrível ao ponto de se tornar doloroso ao assistir.
Interpretações:
Tirando um dos rapazes da fraternidade (branco, jovem, cabelo escuro) que é bastante credível na personagem e a idosa roliça, a tia Bam, que tem medo de tudo, NADA ali se aproveita. Não entendo como foram dar o papel principal a um indivíduo que fez daquilo um horror! Caricaturas, estereótipos e básico-moralismo é o que MAIS define esta caca de filme.
Uma fórmula já vista até à exaustão, que não traz um pingo de criatividade. É até insultuosa por nem sequer mostrar bons talentos.
Nota. uma busca no site do rotten tomatoes revelou que esta «peça de arte» foi escrita, dirigida e interpretada em triato pelo... bosta do intérprete! Ou seja: uma auto-produção que, à semelhança dos filmes de Eddie Murphy e muitos outros desde então, decide que um tipo negro tem de interpretar três ou mais personagens, não sendo bom em nenhuma. Esperem. Tenho de emendar esta parte: sendo muito mau em todas!
O que não gostei neste filme?
Das expressões faciais demasiado humanas de César.
Dos seus olhos 100% humanos.
Dele falar inglês com os seus macacos que falam em linguagem gestual.
Da sua voz.
Da morte do seu filho, que havia evoluído como personagem e que por isso merecia ter continuidade
Gostei mais do filme anterior - Planeta dos Macacos, a revolta (2014). Em termos de enredo e de consistência. "César", falava inglês só quando precisava. Não quando é conveniente para a audiência! Os calões que não gostam de ler legendas nas salas de cinema que se lixem. Nesse aspeto, o filme anterior é mais coerente.
A história:
A guerra entre humanos e macacos continua. Mas desta vez a coisa está mais mesclada. Embora seja um entretenimento e tanto, com cenas verdadeiramente bem feitas, achei a história contada de modo mais fraca. No ritmo, nas emoções, nas sequências e até na motivação de César. Existe alguma predictabilidade e extraordinárias, diria até que impossíveis, escapadas a morte certa. Mas o que mais se nota é a conveniência, o que se traduz em alguns clichés, inclusive de personagens-tipo, elementos que considero menos destacadas em filmes anteriores.
O que gostei:
Do início. A sequência inicial é simplesmente brutal. Não por causa dos efeitos especiais mas pela carga informativa que contém e a forma brilhante como é transmitida. Adorei as mensagens nos capacetes e toda aquela sequência bélica vista de cima, como se fossemos meros observadores omnipresentes, assistentes contemplativos que não podem intervir e só podem lamentar e chorar. Como quem vê de fora sem estar de corpo presente. A carga emocional e a capacidade de resumir toda a história em poucas imagens é feita com mestria. Sem ser necessário meter os personagens a fazer o «resumo» dos filmes anteriores, o que seria de um grande amadorismo e preguiça indesculpável.
O que destaco:
Continuo a achar impressionante o facto destes filmes conseguirem a proeza de colocar toda a humanidade a torcer pelos macacos, a chorar por e com eles e não lamentar nem um segundo as mortes humanas. Aliás, os humanos morrem aos molhos nos filmes do "Planeta dos Macacos" e nós, que somos dessa espécie, assim o desejamos. Estamos o tempo todo a torcer pelos macacos. Que se comportam como a espécie pacífica e realmente humana.
Algumas opiniões mais detalhadas com as quais concordo
Achei-o surpreendente, firme no enredo, verosímil na história.
Chris e Rose são um casal inter-racial que vão passar um fim-de-semana à casa dos pais dela. Pela primeira vez, Rose, de etnia branca, vai apresentar o namorado, de etnia negra, à família. Será que eles vão ter algum problema com isso?
Rose garante que não - pois o pai até votaria em Obama para a presidência por um terceiro mandato, se pudesse. E de facto, quando Chris chega à enorme mansão da família, é bem recebido. Ao mesmo tempo algo estranho se passa. Nenhuma conversa é mantida sem se fazerem referências à sua cor de pele. Num convívio social - pois coincide que nesse fim-de-semana é também a altura do ano em que a família reúne todos os amigos influentes em casa - Chris é até apalpado pelos seus músculos, como se fosse uma peça em leilão no tempo da venda de escravos.
Mas o que Chris mais estranha são os dois empregados da casa - ambos negros como ele, mas com um comportamento estranho, que oscila entre o doente mental e o normal. Naquela casa, os empregados vestem-se e falam como se vivessem nos anos 30...
Numa tour ao lar, o pai de Rose, cirurgião, faz questão de levar Chris até às fotos da família, onde aponta para o retrato do seu falecido pai, um ex-atleta de salto e corrida que participou nos Jogos Olímpicos de 1936, na então Alemanha nazi. O que aconteceu nesse ano que ficou na história? Jesse Owens, um atleta Americano de origem africana bateu todos os outros - inclusive os de raça ariana, (que a propaganda de Hitler dizia ser de raça superior) e conquistou o primeiro lugar num pódio.
Conforme dá para entender, as conversas giram em círculos mas parecem sempre ir ter a um tema em particular: raça - brancos e negros.
De todos os membros da família que Chris foi conhecer, a mais «normal» parece ser a mãe, psiquiatra de profissão. Isto até o momento em que Chris é convidado a entrar no escritório dela... e esta usa um trauma de infância de Chris para o hipnotizar.
Se as coisas eram estranhas até aqui esperem só até os restantes convidados chegarem...
Não vou contar mais sobre a história mas quero reforçar o quando gostei do filme e que partes me surpreenderam mais.
Uma delas foi o desfecho. Quando surge um veículo com luzes azuis e vermelhas a piscar pensei que ia ser um desfecho típico dentro daquelas circunstâncias: finalmente, chegava a polícia. E infelizmente para o nosso «herói», o polícia ia ser o mesmo que o parou na estrada na viagem até ali.
Surpreendeu-me esse final.
Outro aspecto que gostei foi o de perceber que a personagem idiota do filme, aquele tipo que só pensa e diz parvoíces é, afinal, o que está certo o tempo todo. Ahahah. Bem feito para todos os «normais» que julgam que os «idiotas» nunca podem ter razão. Kkkk.
Também me surpreendeu o real motivo de toda aquela movimentação. Pensei eu que hipnose era o máximo do que ali acontecia com certas pessoas mas, afinal, tudo está muito mais conectado e enraizado... Não sei se a invasão, ao invés da adopção, seria a opção escolhida se, de facto, a noção de racismo fosse a questão fulcral - que não é. O surpreendente do filme também é isso. A questão principal é na realidade outra e são duas: o desejar viver para sempre e o viver para sempre jovem, saudável e em super-forma.
Neste sentido o filme mostra que a "raça superior" é outra - e a sua «escolha» em nada recaí sobre conceitos de racismo, mas em conceitos de biologia.
Então não deixa de ser engraçado e, mais uma vez, surpreendente, quando, mais para o final, percebemos quem são as pessoas a quem Rose chama de avó e avô...
Um filme a não perder.
Ah, e falta mencionar o quanto torcemos pelo «herói» no final e apreciamos quando inescrupulosamente este começa a virar o jogo...
Cenas pouco credíveis que «arruinariam» a história se esta não nos agradasse tanto:
1- A cirurgia começar sem a presença do principal elemento (a sequência não me parece muito lógica).
2- Não resistirem a mostrar uma poça de sangue a jorrar da cabeça de um indivíduo (que, no mínimo precisava de ter tido o crânio rachado, presumo eu) e fazerem como naqueles filmes em que um tipo é baleado não se sabem quantas vezes e continua a vir atrás e a perseguir.... Só para mostrarem um elemento crucial referido duas vezes: na abertura do filme e durante o jantar de família. Contudo, apreciei esse elemento.
Também achei no youtube esta pequena paródia aos elementos do filme e fartei-me de rir. Por isso não deixo aqui nenhum trailler - pois este denuncia tudo o que surge no filme - mas a paródia. A ver se chegam lá.... eheheh.
VI este filme sem grandes expectativas. Esperava mais uma comédia aparvalhada sobre dois polícias que não se conhecem e não gostam um do outro mas acabam bons amigos após serem forçados a trabalhar em parceria. Com recurso a piadas fáceis, em larga maioria fazendo referência a sexo e obstipação.
Mas enganei-me!!
O filme CHIPS é muito melhor do que esperava.
Não me entendam mal: claro que, como comédia enquadrada numa investigação policial liderada por dois polícias, o filme engloba sexo e piadas fáceis. Mas não as considerei de mau gosto ou vulgares. É saber fazer humor de forma respeitosa, não deixando de recorrer aos mesmos elementos, mas dispondo-os de forma adequada.
As personagens têm profundidade - não são superficiais nem os seus «problemas emocionais» ficam pelo óbvio que se resolvem em dois segundos de conversa «séria». Ambos os polícias, à sua maneira, têm personalidades distintas e credíveis, acaba-se por acreditar no processo evolutivo da amizade entre os dois.
Os vilões também têm surpresas e profundidade. Hurrai para o vilão-mor, que conseguiu fazer uns olhinhos de profundo pesar que comove qualquer um. Quero dizer: sabemos que ele é o «mau», que matou amigos e é ladrão, mas, ainda que o filme tenha recorrido ao mesmo pretexto para fazer com que o vilão procure a vingança (não vou dizer qual o recurso mas ao verem o filme vão entender que é cliché), não se sente como algo repetitivo. Senti a emoção da dor do vilão e isso é algo que qualquer um de nós consegue entender. Neste filme de comédia, não aprofundam muito o lado dos vilões, mas também não são desprovidos de alguma história e profundidade que se adivinha ao se conhecer essa história.
Depois tem as situações em que os polícias se vêm inseridos. Também aqui acho que o filme está acima da média. Temos as típicas situações de perseguição policial e acrobacias «forçadas» no guião, mas que aqui acabam por encaixar um pouco melhor que o habitual. Ao contrário da maioria dos filmes do género, comédias que mostram violência e explosões, aqui as pessoas de facto morrem... Ou só podem ter morrido. O filme não se foca muito nesse aspecto mas, ao contrário de muitos outros tipo os que o Mel Gibson protagonizou com a Goldie Hawk, quando existem cenas de perseguição nas ruas ou em lugares públicos onde a vida de inocentes corre risco, não são só as roupas estendidas em varais e as bancadas de frutas que são albarroadas com um veículo em excesso de velocidade. Neste filme, as pessoas também são! O que seria bem plausível na vida real.
Existe até um momento - um momento de piada fácil mas que achei fantástica. Uma carrinha policial está em perseguição e ao dobrar uma esquina, está uma celebridade a sair de um automóvel com uma série de pessoas à sua volta. O embate é inevitável e dois homens com mochilas e máquinas fotográficas recebem o impacto e são projectados pelo ar. Uma fracção de segundo foi o que mostraram dessa cena, mas pessoalmente, admirei-a, fiquei assutada por me mostrarem algo que pode ter resultado na morte de dois inocentes mas gostei que a tivessem feito. SEM a seguir mostrarem os dois totalmente ilesos mas estendidos no asfalto, a fazer um manguito para a carrinha - como que a assinalar à audiência que não lhes foi incutido nenhum dano maior e por isso esta pode relaxar e continuar a ver o filme despreocupadamente.
A piada foi que a condutora do veículo, assustada pelo embate, pergunta ao polícia que está com ela:
-"Meu Deus! O que foi isso??!"
E este, olha para trás e ao ver o cenário com que se depararam, responde:
-"Ah, está tudo bem. São paparrazi".
LOL.
Muito bem metida! A piada... A crítica. A comédia, o estarem a dizer que a vida de paparazzis é insignificante pela actividade em si - não pela vida humana, claro está.
Do todo, o que considero mais fraco no filme é a história policial de investigação que serve de base às personagens. O facto dos dois policiais discutirem os factos do caso em frente de um by-standart é muito cliché (um tipo de uma imobiliária que lhes mostra uma casa que foi habitada por um suspeito e abandonada). Quem é que no seu juizo perfeito ia dizer, ali, na frente de um desconhecido, o nome do suspeito, o que ele fez ou deixou de fazer? Mas pronto... foi o único cliché mais irritante do filme, no meu entender, e durou poucos segundos. Talvez quisessem encurtar o filme uns segundos com uma cena obvia e rápida como aquela.
As brigas e cenas de pancadaria estão muito bem feitas. A comédia física está muito bem planeada e o filme, neste e em todos os sentidos, é muito bem realizado. Parabéns ao diretor.
Claro que uma cena memorável por estar bem feita é quando um dos heróis se vê numa situação de vulnerabilidade e precisa pedir ajuda ao colega. O tipo caiu e ficou sem conseguir se mexer. Tinha acabado de acordar, de sair da cama... e estava nu, pois dorme nu. Era uma situação que tinha tudo para ser feita e apresentada à audiência de uma forma cliché e sem grande credibilidade. Mas não foi. GOSTEI da forma e de como os outros assuntos se encaixaram. A informação que o espetador recebe daquela cena esclarece muito em termos visuais e é ali que vemos e acreditamos que a relação dos dois se cimentou na amizade.
E pronto. Vejam o filme.
É bem melhor do que seria de esperar.
Talvez passe debaixo do radar, mas vale a pena.
PS: Acabei de verificar que o site Rotten Tomatoes não recomenda este filme.
Talvez seja uma boa razão para o irem ver. Já que este site está cada vez mais bambo das pernas no que respeita à maioria das avaliações que faz. Já a audiência que avalia filmes no site, fornece uma apreciação três vezes mais elevada.
Nem sei como ainda não falei deste filme que foi por muito tempo um dos meus favoritos.
Lua de Mel, lua de Fel (Bitter Moon - 1992) passou nos finais dos anos 90 na televisão, bem de noitinha. Comecei a ver e nunca perdi o interesse. Senti contínuos nós no estômago. Senti revolta. Apeteceu-me xingar o mocinho com todos os nomes feios possíveis e impossíveis.
O filme foi exibido com bolinha vermelha por conter muitas cenas em que se fala de sexo de forma explícita e detalhada. Também se deixam ver orgãos genitais - femininos, claro. Mas na minha opinião, a «bolinha vermelha» assinala uma obra-prima na qual o que mais no choca não é a nudez, e sim a linguagem crua e real.
Fiona e Nigel
Resumo: Nigel é um homem pacato em viagem num navio cruzeiro com Fiona, sua esposa. O casal inglês procura assim reacender a chama do seu casamento embarcando numa viagem de segunda lua-de-mel rumo à mítica Índia. Numa ocasião sozinho no bar, já que Fiona enjoa com o balanço do barco, Nigel sente-se totalmente atraído por uma bela mulher que vê a dançar. E muito sem jeito passa-lhe uma cantada. Pensa estar a ter sucesso mas... está redondamente enganado. Aquela mulher de vermelho com sotaque francês vira uma obsessão e para saber mais sobre ela e a tentar levar para a cama Nigel revela-se um homem com um carácter bem diferente daquele que transmite para fora e julga ter.
Um filme soberbo - na minha modéstia opinião. Com boas atuações de parte em parte. Talvez a mais crua seja exatamente a da «bela mulher de vermelho», a atriz francesa Emmanuelle Seigner, na altura e ainda presentemente, esposa do diretor do filme, Roman Polanski.
Adorei a linguagem do filme, as verdades cruas, a forma como os personagens que pareciam os mais desprezíveis também eram honestos e transparentes. Adorei o sarcasmo, as ironias (que são muitas), entendi que não podia ter existido outro final, que se fechou o ciclo e aquele derradeiro gesto foi, no fundo, um de altruísmo. Que acabou por ser a salvação do casamento do jovem casalinho britânico - aquelas últimas horas no navio cruzeiro os fez crescer como nunca e solidificou a sua união até então em risco de ruir.
Mimi e Óscar
Falta ainda mencionar talvez a personagem mais importante de todas. Porque é ela que nos vai enojar. É ela que vai conduzir a história. Óscar, o marido da bela e jovem Mimi - a mulher de vermelho. Escritor americano, assim que vê Mimi num autocarro apaixona-se por ela. A jovem tem o sonho de vir a ser bailarina e acaba por se apaixonar também perdidamente. Os dois vivem em pleno clima de lua de mel, só sexo, só quarto, só amor. Mas não se vive só disso e o resto da vida se impõe: os sonhos de carreira como bailarina, os delírios de um escritor em escrever a sua grande obra prima. A relação dos dois passa então por um momento baixo. Depois vira cruel. Torturosa. Mas apesar disso, ainda com amor. Tudo vai um pouco longe demais... E então os dois, já muito diferentes do que eram quando começaram, decidem partir num cruzeiro... A ver se a coisa tem conserto ou faz sentido. Mas tem? Ambos sabem a resposta. Ambos se amam. Mas o amor basta quando tanta coisa o maltratou?
Óscar e Mimi acabam por encontrar em Fiona e, em especial, em Nigel, um divertimento para as suas vidas já tão desgastadas. O casal inglês passa a ser o novo entretenimento do escritor e da ex-bailarina. Situação que agrada a Nigel, convencido que está que vai conseguir levar Mimi para a cama, sem que a sua esposa fique a saber. Ele até providencia uns comprimidos para o enjoo que vêm mesmo a calhar... Mas Nigel não é páreo para Óscar ou Mimi. Na realidade, nem para Fiona.