Geostorm é o filme que não tem coragem de destruir a torre dos Emirados Árabes.
Filme-catástrofe, muitas cidades são alvo de destruição mas, miraculosamente, a sequência catastrófica consegue sempre poupar um herói. O cronómetro é parado mesmo no último segundo, os vilões morrem e o herói que se sacrifica afinal safa-se.
Tudo acaba bem...
Se não formos a pensar nos triliões de prejuízos e vidas perdidas.
O filme é um bom entretenimento, que não acrescenta nada ao género mas também não tira. O conceito de geotempestade novamente explorado, numa perspectiva plausível. Só não é plausível é o tempo imediato que em que as comunicações realizam-se entre a Terra e o Espaço. Ou já agora entre qualquer dispositivo electrónico que surge no filme. Nem a minha internet consegue ser tão rápida. Mas no filme é até possível manter um chat ao vivo entre esses dois pontos distantes. Um upload demora apenas 60 segundos. Um complexo virus informático é eliminado com um simples puxar de alavanca e cada satélite que apontava raios a várias localizações na Terra desliga-se de imediato. É mais instantâneo que o instantâneo.
Efeitos especiais decentes, realização perfeita.
O que menos gostei: do ator principal. A personagem é forçada na interpretação e mal construída.
A segunda coisa que menos gostei: a miúda que faz de filha da personagem principal fala e age como uma adulta com uma compreensão técnica e de vida muito além da sua idade.
O que surpreendeu: o ator que interpretou o irmão mais novo do herói tem ares de Keanu Reeves.
O que gostei: Da presença de actores veteranos.