Em precisamente 3 minutos do filme, contando com a abertura e os anúncios publicitários, pensei:
-"Já vi a Vida é Bela. Não preciso de ver uma tentativa de imitação deslavada, com maus interpretes e cenários com ar falso".
Mas ainda bem que dei uma oportunidade e continuei a ver "Little Boy".
O filme não é nada que não se tenha visto antes. É uma junção de histórias conhecidas que se desenrolam de forma conhecida e com o final de sempre. Mas é um bom filme de família. Agradável de se ver. O miúdo é agradável à tela e, quando fica zangado, corta de imediato com o ar angelical e passivo que a sua personagem deixa transparecer nos primeiros minutos da história. O pai é pavoroso, muito mal interpretado, mas felizmente temos de o aturar por pouco tempo. As melhores interpretações, a meu ver, vão para os atores que fazem de Padre e de Médico. Entre todos, são os que acreditei serem o que são e não atores a fingir que são.
Não é um filme ícone, não vai levantar ondas ou causar grande impacto. A pesar de agradável, não consegue estabelecer empatia com o público, estamos a ver uma boa história mas não estamos envoltos nela. "A Vida é Bella" foi um filme cómico sobre uma tragédia. Tinha partes de pouca credibilidade mas conseguia envolver bastante o espetador. No riso, viamos o pavor e o medo. E teve o seu final feliz, igualmente milagroso. Tudo porque existiu Fé. Little Boy propõe-se ao mesmo mas não chega nem perto de atingir estas metas. Não deixa, no entanto, de ser um filme agradável, daqueles cada vez mais raros de existir: o filme para toda a família.
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