O filme acabou de passar no canal AXN Black e mais uma vez foi rir do princípio ao fim.
ADORO este filme. A razão é simples: faz-me rir e aprecio o estilo de humor.
Para minha surpresa um site como o Roten Tomates avalia (o primeiro filme) como algo que jamais devia ser feito. Diz que é o pior de sempre e que não faz rir. Oh, não podiam estar mais equivocados. Pergunto-me então o que para estes críticos faz rir e vale a pena ver. Porque do conjunto de filmes-porcaria do género que existem por aí, tantos e tantos que até conseguem um bom dinheiro de bilheteira são terrívelmente maus de assistir. A dar na TV num canal que nem prestei atenção e logo mudei estava "Ali G". Um filme que infelizmente fui espreitar no cinema e ainda no início quando passava o genérico já me arrependia de estar a ver. Continuei e só comprovei a sensação.
Pelo que se querem um termo de comparação do que considero um bom filme de humor deste género e um que considero bosta, aqui o têm.
Porquê Deuce Bigalow um gigolo na Europa é um bom filme?
1- Excelentes interpretações
2- Excelente timming (nada fica no ar por mais tempo que o necessário)
3- Excelente guião
4- Excelente sequências
5- Excelentes trocadilhos
6- Excelente entroncamento da moral com o preconceito
Sinopse à tuga:
À semelhança de qualquer profissão de prestígio e de grande notoriedade pública, a profissão de Gigolo é retratada como se todos os membros fossem actores de primeira estripe na passarela vermelha de hollywood. Têm um sindicato e competem entre si para receberem um prémio de melhor "pau" no festival que se realiza todos os anos. A estatueta é em tudo semelhante aos Óscares: um homem dourado mas tem uma pequena protuberância à las "Caldas", se é que me entendem.
Mas isso é só um detalhe (que até é bem aproveitado no filme) entre muitos que dá consistência e interesse ao humor da história. TJ Hicks (Eddie Grifin) é o suspeito de ser o assassino em série que anda a matar os prostitutos (humoristicamente referidos como she-whore - "homem-puta" na tradução que vi agora no filme). Ele é um gigolo que acaba sempre por se encontrar com os cadáveres assassinados pelo verdadeiro assassino momentos antes do acto consumido. E sempre que o faz, parece estar particularmente interessado naquela parte particular da anatomia masculina. Aquela, sabem, que os faz "famosos" e muito solicitados.
Claro que por aqui parece algo já tão batido... Mas o filme consegue tornar toda a sequência tão natural que não é isso que se pensa quando se vê as sequências. A interpretação é soberba - realmente soberba. Não só deste como de todos os actores e actrizes. A actriz (Hanna Verboom) que faz de namorada da personagem principal (Deuce Bigalow) entrega uma prestação soberba. Claro que não sabia quem ela era e tive de pesquisar. Pesquisem também porque se trata de uma figura multi-talentosa o que, aliás, fica nítido no filme. O papel de gigolo no filme obriga a que TJ Hicks use vários disfarces ao longo da trama e isso torna tudo ainda mais hilário e é aproveitada a oportunidade para incluir várias piadas - muitas sobre a profissão de gigolo e outras tantas sobre preconceitos e tabus sobre a cor de pele, e todas caem muito bem nas cenas. No final reparei agora numa piada que até achei piada: os prostitutos masculinos, para se "fazerem grandes" colocam "enchumaços" nas partes íntimas para parecerem mais másculos. Numa determinada cena todos se denunciam e removem os referidos apêndices. Um tira um enorme pepino mas um prostituto asiático, no qual já existiu referência sobre a constituição física, tira para fora algo parecido a uma chiclete. Fartei de rir! Mas o filme conclui através da sua trama, que o tamanho não importa. Para satisfazer uma mulher é preciso é possuir outras qualidades :)
É um bom filme. Vê-se todo de início ao fim sem nos darmos conta do tempo a passar.
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